Sexta-feira, 10 de Junho - Entrámos em Bamako na Quinta-feira, já noite cerrada, depois de termos «despachado» mais de 800 quilómetros desde Mopti: foi uma opção deliberada, porque sentíamos necessidade de uma cama, de tratar dos vistos (os que tínhamos eram provisórios, digamos assim) e de resolver problemas nas viaturas. A capital do Mali era o local indicado e por isso «devorámos» tanto alcatrão, partindo de Mopti.
Em boa hora o fizemos, pois encontrámos um francês, o Roger, que aqui está radicado e é um especialista em Land Rovers. É, aliás, o único, porque o concessionário da marca existe mas é como se não existisse. O Mário Pinto lá solucionou o problema de um rolamento, veremos de um dos injectores do Disco do Eládio fica a funcionar certinho...e o motor deixa de parecer uma cafeteira.
Não há muito para dizer de Bamako, a não ser referir o trânsito caótico por toda a cidade, o calor e humidade insuportáveis, o comércio de rua que prolifera e onde se vende tudo, os problemas com os cortes de energia que, ao que nos dizem, são frequentes e nos levou a esquecer a sugestão de um hotel encontrado num guia (mal chegámos para ver os quartos a luz foi-se...) e a procurar outro que tivesse um grupo gerador que não nos deixasse às escuras a qualquer momento. Ah! Resta dizer que o jantar, umas belas espetadas de peixe «Capitan do Níger», que presumimos ser um tipo de pesca, estavam deliciosas, bem como a cerveja, de pressão!, estava geladinha. Sentimo-nos regressados» à «civilização».
Aproveitámos a manhã de Sexta para ir aos serviços de emigração, onde a gentileza do Mário conseguiu dar a volta à funcionária que já se estava a preparar para apenas nos entregar os vistos na Segunda-feira, para dar uma lavadela às máquinas (nós tínhamos tomado um bom banho na noite anterior, obviamente!), lubrificá-las e, como já foi dito, ir com elas ao Roger para amanhã, Sábado, ver se todas ficam afinadinhas e arrancarmos de novo para a pista, agora a caminho do Senegal.
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