segunda-feira, 30 de maio de 2011

SEGUNDA-FEIRA, DIA 30

Após dois dias de isolamento do resto do mundo, estamos de regresso à civilização; ainda que por pouco tempo. Saímos de Nouadhibou no domingo de manhã, com o objectivo de chegarmos a Atar. Apanhamos a pista que corre paralela à linha do comboio que traz o minério do Norte da Mauritânia até Nouadhibou - comboio fantástico, com mais de 200 vagonetas carregadas e que é considerado o segundo comboio mais comprido do mundo, e que não nos deixou dormir no acampamento que montamos perto da linha. 

A pista foi magnífica, largas dezenas de quilómetros um misto - terra, pedra e já alguma areia a provocar ligeiros atascanços, mais por imperícia do que pela dificuldade do terreno, vamos aprendendo.
Para trás ficaram pequenas povoações como Bou Lanouar e Inal, que não passam, de aglomerados de casebres que evidenciam a extrema pobreza da região.

Ontem, domingo, o objectivo era chegar a Atar, onde nos esperaria um parque de campismo com direito a banho e a um gin tónico, obviamente trazido por nós. 
Mais duzentos e muitos quilómetros de pista, mais areia, muitos controlos policiais - já perdemos a conta a quantas fichas individuais entregamos, mas umas dezenas já lá foram - muito calor, com os termómetros a baterem sempre nos 42 graus, uma pista muito cansativa devido ao piso tipo chapa ondulada que obriga a extremo cuidado para não deixar para trás nenhuma parte da viatura.
Paisagens deslumbrantes, sobretudo nas montanhas - se assim lhes podemos chamar, de tão baixinhas que são - de Azougui, que deu um pouquinho de cor verde ao castanho e preto do deserto que tínhamos atravessado.
Cumprimos o itinerário sem problemas de maior, montamos acampamento na parque de campismo, jantou-se umas alheiras e umas febras, bebeu-se um uísquezinho e fomos todos esticar os esqueletos porque no dia seguinte, hoje, esperámos mais uma boa tirada. Vamos até Chinguetti e, daqui, logo se irá ver.









sábado, 28 de maio de 2011

LABAREDAS ESTÁ MAIS VELHO!


O João “Labaredas” faz anos hoje, no meio do mato.
Não vai haver champanhe, mas vai ter uma festa inesquecível, não é todos os dias que se comemora um Aniversário no meio do nada.
Parabéns!!!

E LÁ ENCONTRÁMOS O FRANCO «AGARRADO» A UM GALEGO



Sexta-feira, 27 - Finalmente entrámos na Mauritânia e, daqui em diante, alcatrão nem vê-lo. Quem já vimos foi o nosso amigo Franco, de camisa às flores, mais parecia estar numa qualquer ilha do Pacífico, que aqui chegou a «voar» e teve de aguentar dois dias à nossa espera em vez das duas horas estimadas. Menos mal que encontrou apoio num galego que veio até Nouadhibou mas por razões profissionais. E como num «buraco» deste tipo pouco ou nada há para fazer, lá se apoiaram um ao outro...
A dificuldade do dia foi, para além de termos de ultrapassar os mais de 700 km que nos separavam do Cabo Bojador, cumprir todas as formalidades na fronteira da República Islâmica da Mauritânia (RIM).
Os vários «controladores» - Gendarmerie, Polícia, Alfândega, Turismo, Seguros.... - até são simpáticos e não complicam a vida ao viajante, mas a burocracia fez com que se fossem três horas de posto em posto, de gabinete em gabinete. E já tínhamos obtido os indispensáveis vistos em Portugal. Carimbos, autorizações várias, seguros feitos e lá fomos a caminho desta cidade piscatória onde o Jorge Franco nos aguardava para um jantarinho à maneira, num restaurante gerido por uma galega simpática, que nos proporcionou uma parrillada de peixe e marisco muito aceitável.
Comidos (e bebidos), todo o mundo foi descansar, já que nos esperam muitos quilómetros de pista, com areia quanto baste, e certamente algumas peripécias bem mais interessantes no que se refere à condução.



Afinal, foi para isso que aqui viemos...
Não estranhem, entretanto, se nos próximos dias forem ao blog ou ao face e nada de novo encontrarem - entrámos no deserto. Assim que regressarmos à «civilização», voltaremos para contar como foi.

(Texto: Eládio Paramés)





sexta-feira, 27 de maio de 2011

SUGESTÃO PARA POUPAR DINHEIRO NÃO USE ADITIVOS, USE ÓLEO ALIMENTAR

Quinta-feira, 26 - Tal como fez Diogo Cão há uns anitos atrás, acabámos de «dobrar» o Cabo Bojador, ou Boujdour, como lhes chamam os marroquinos. Fizeram-se as fotos da praxe, junto da réplica do padrão que assinala a presença lusitana por estas paragens. Um monumento infelizmente que se vai degradando, sem que nenhuma das nossas autoridades culturais com isso se preocupe. Também não é de estranhar, tamanho é o hábito de vermos a nossa História ser apagada tão facilmente nestas e noutras paragens.

Chegámos aqui após mais de 800 km percorridos, sem que - que o diabo seja cego, surdo e mudo - tivesse ocorrido qualquer tipo de incidente, a não ser a bagatela que se pagou pelo almoço - uma fritada de peixe fresquinho - logo colmatada pela roubalheira que sofremos ao jantar.
Durante o percurso, pouco houve a registar, a não ser o cuidado que tivemos de ter com os dromedários que atravessam a estrada sem aviso e, ainda por cima, fora das zebras. Questões de bicharada...
Mas aprendemos mais uma forma de poupar dinheiro. Estávamos a atestar de combustível e, ao nosso lado, um jipão marroquino, dos modernos, não daqueles que se arrastam por aqui,  fazia o mesmo.  De súbito reparámos que o condutor despejava no depósito do gasóleo o conteúdo de uma garrafa de plástico. Que nos pareceu muito similar às que, em nossas casas, costumam estar cheias de... óleo alimentar.
Aproximámo-nos e - surpresa - esta também era de óleo alimentar.
Mas metes óleo alimentar nisso? Claro - foi a resposta. Faz o mesmo que um qualquer aditivo e é muito mais barato. Aqui todos fazem isso.
Ora, sabendo nós o preço dos aditivos entre nós, aqui fica uma boa dica para poupar umas massas - vá à mercearia e antes de atestar o depósito com gasóleo, atire lá para dentro com um litro de óleo de girassol. Pode não fazer bem, mas mal também não faz. E sai-lhe mais barato.


(Texto: Eládio Paramés)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

INOVAÇÃO PORTUGUESA DETECÇÃO DE AVARIAS POR TELEMÓVEL

Quarta-feira, 25 de Maio. Dia de África. Arrancámos cedo, mesmo muito cedo de Marrakesh, na tentativa de recuperar algum do tempo perdido. Carros carregados, atestados e testados, fizemo-nos à estrada ainda o sol não nascera.
Optámos pela auto-estrada em direcção a Agadir, já que por diante tínhamos uma carrada de quilómetros para percorrer. E tudo correu lindamente até à entrada desta cidade...
Mas aqui, a porca voltou a torcer o rabo - e todos sabemos que essa é sempre a parte mais complicada de esfolar.
O Defender começou a assobiar, mas a música não era do nosso agrado. Decidiu-se, pois, entrar na cidade e ir até ao concessionário Land Rover local. Lá fomos, explicou-se o problema, fez-se ouvir o assobio... O mecânico (????) começou a desatarrachar parafusos, num francês mal amanhado dizia que o assobio vinha das entranhas da máquina, havia que desmontar o motor. O quê???? Desmontar o motor??? Nem pensar, até porque o assobio não era dali. E ele a dar-lhe, que não era das «polis», que não era da correia, que não era do turbo...mas de onde era? Isso sabia lá ele, e nós cada vez mais desconfiados da paciência do mecânico de um concessionário oficial Land Rover e - pasmem -  também da BMW.
Decidiu-se então perguntar a quem sabe. Ligou-se para a  Bencar, falou-se com o Carlos, ligou-se o motor, encostou-se-lhe o telemóvel, deu-se umas aceleradelas, ouviu-se o assobio e a resposta veio imediata - isso é uma fuga no colector de escape.
Fugimos dali como o diabo foge da cruz e fomos ter com uma oficina, muito mal amanhada, mas equipada com tudo o que fazia falta, sobretudo eficiência. Dissemos logo, temos uma fuga no colector, pode estar estalado, há que tirá-lo e, se possível, soldá-lo. Resposta pronta - claro.
E assim foi. Afinal o colector estava ok, mas havia dois parafusos partidos por onde se escapulia o assobio. Demorou, mas ficou arranjadinho. E amanhã, pelas cinco da manhã, lá estaremos a caminho da Mauritânia. Graças a mais uma inovação portuguesa - diagnósticos de automóvel via telemóvel.

(Texto: Eládio Paramés)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

VENHA A MARRAKESH E CORTE O CABELO...BARATINHO

Com um dos carros na oficina à espera que chegasse a junta da culassa e esta fosse rectificada, aproveitou-se o tempo para dar uma volta pela cidade.



E como o tempo é de crise, aproveitou-se também para cuidar da imagem. Havia quem entendesse que o corte de cabelo caseiro  não estava nos conformes e, vai dai, tanto insistiram que lá acabei por ceder e decidi-me a ir ao barbeiro.

Foi, asseguro, um tratamento vip, apesar de a barbearia (e o próprio barbeiro) levantar alguma desconfiança. Mas correu tão bem, que acabei por não ser o único a recorrer aos serviços do rapaz. E com outra vantagem - foi baratinho! Já sabem - quando vierem a Marrakesh, aproveitem e cortem a trunfa!

Estávamos avisados que o carro deveria, em princípio, ficar pronto na terça-feira, depois do almoço. Para nós, isso significava que estaria pronto lá para meio da tarde, se tudo corresse bem.


Aproveitou-se o tempo para ir comprar umas frutas, mais água e uma ou outra coisa que precisávamos para o caminho, para meter mais uns way points no gps, houve até quem deu umas cacholadas na piscina do hotel. Se tudo corresse bem, quarta-feira de manhã estaríamos a caminho...

E correu, com alguns sustos pelo meio. Mas graças à paciência e sobretudo à eficiência dos rapazes da garagem, tudo se resolveu e a máquina, depois de vários testes, finalmente ficou pronta. Não sem que, antes, tivéssemos rogado pragas a algumas pessoas que, lamentavelmente, se esqueceram de verificar alguns pormenores. O puxão de orelhas fica para o regresso...
E aqui fica um alerta para quem tiver um problema por estas paragens - não hesitem, recorram à AUTO LAND, e encontrarão solução. Pode demorar um pouquinho, mas garantimos que o serviço é competente.
E por isso estamos prontos para arrancar amanhã (quarta-feira), logo ao raiar do dia, em direcção à Mauritânia.
A aventura continua!


Hoje é o Dia de África. Ai vamos nós.

(Texto e fotos: Eládio Paramés)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

CHEGAMOS A MARRAKESH E JÁ COMEMOS ... LAGARTOS

Finalmente chegamos a Marrakesh, após uns bons quilómetros percorridos sem acidentes, mas já com um incidente. Vamos por partes... Sábado pela fresquinha saímos de Vieira do Minho e só paramos para repor combustível e atestar os estômagos. De resto foi sempre a andar até Tarifa, onde dormimos e onde havíamos chegado cerca das onze da noite.
Foi uma etapa longa, mas que se fez sem grandes sobressaltos nem canseiras e ficamos logo ali à beirinha do ferry que nos levaria, na manhã seguinte, até Tanger. Assim fizemos e a opção foi boa, pois menos quilómetros nos restavam até Marrakesh.

E teríamos chegado aqui cedo se não tivesse havido o tal incidente, que nos atrasou qualquer coisa como seis horas - um tubo que saiu do sítio, um sobreaquecimento e vá de chamar a assistência em viagem, pois é sempre melhor prevenir que remediar.


O jipe já está na garagem, amanhã de manhã veremos o que se passa... Mas irá certamente encontrar-se a solução.
E neste momento perguntarão - mas que história e essa dos lagartos? Os sportinguistas porventura pensarão que nos estamos a meter com o seu clube! Nada disso! Outros acharão que somos loucos por andar a comer bicharada. Os alentejanos de Sta. Eulália saberão que os lagartos são pequenas tiras de porco preto, grelhadas na brasa, com aquela gordurinha tão do agrado dos nossos amigos Silva e Pedro, acompanhadas por umas migas de hortelã - não é engano, foram mesmo de hortelã - num magnífico restaurante a poucos quilómetros de Elvas.
Enfim, a aventura começou bem! Estamos no 2º dia!

(Texto e fotos: Eládio Paramés)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

quarta-feira, 18 de maio de 2011

ESTAMOS A POUCO MAIS DE 48 HORAS

Estamos a pouco mais de 48 horas para iniciarmos a aventura e arrancarmos para a primeira etapa que nos levará até Marrocos. Sentimos, por isso, alguma ansiedade…
Revê-se tudo, acrescentam-se os «esquecimentos» à listagem do material a levar que permita solucionar qualquer emergência mecânica (arame, faltava incluir um bocado de arame…), tratamos do rol da mercearia (os bifes e as febras já estão encomendados!), dos comes e bebes (obrigado, Silva, pelas garrafinhas de bagaço…), dos produtos de higiene pessoal (veremos onde é que vamos tomar banho…), dividimos tudo o que levamos para oferecer às populações, em especial às crianças (o Diogo encheu-nos de blocos e esferográficas, óptimo…), as comunicações funcionam (o telefone satélite é fundamental, não vá o diabo tecê-las…), enfim, atulhamos os jipes o melhor que podemos.
O tempo é «contraditório». Por um lado, os dias tornam-se curtos e as horas passam demasiado rapidamente, tantas são as coisas a tratar; mas, por outro, duram uma «eternidade», tamanha é a vontade de nos fazermos à estrada. E hoje até parece que duram mais…o árbitro nunca mais apita para o início da histórica final de Dublin. 

sábado, 14 de maio de 2011

VIEIRA DO MINHO - TOMBOUCTOU 2011

Tudo (Quase) Pronto
 
Como se pode ver, as máquinas estão afinadas, o equipamento testado, as apresentações feitas. Estamos quase de partida... será já no próximo sábado, manhã cedo. Faltam 6 dias!!!
 
A equipa da VCI que «tratou» das máquinas...
 
...junto aos «aventureiros»
 

Mário Pinto - o «desencaminhador»!!!

Presidente da CM de Vieira do Minho, Dr. Jorge Dantas...
 

...à conversa depois de inspecionadas as viaturas...


...e a confirmar a comodidade dos alojamentos
 
 

 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

VIEIRA E A «MARIA DA FONTE»

De origem antiga, como o atestam inúmeros elementos arqueológicos, as freguesias que actualmente integram Vieira pertenceram antigamente a vários concelhos, termos, coutos e vilas, hoje extintos:
Caniçada, Cova, Salamonde, Soengas e Ventosa, pertenceram ao concelho de Ribeira de Soás, deu-lhe foral D. Manuel  em 1515; Parada de Bouro foi pertença do Couto de Parada de Bouro, criado por D. Sancho I, que o deu à famosa Ribeirinha; Cantelães, Eira Vedra, Mosteiro, Pinheiro, Tabuaças, Vieira e Vilarchão, compunham o concelho de Vieira; Campos e Ruivães eram terras do concelho de Ruivães; Anjos e Rossas pertenceram ao Concelho de Rossas, a quem D. Manuel concedeu foral em 1514; Guilhofrei que pertenceu ao concelho de Vila Boa da Roda, com foral de 1514, autorgado por D. Manuel e por último Soutelo e Louredo pertenciam ao Concelho de Lanhoso, que tem foral dado por D. Dinis em 1292.
A antiguidade da ocupação humana das terras que hoje integram o concelho de Vieira do Minho pode ser atestada pelos inúmeros testemunhos arqueológicos que podem ser vistos no concelho, com particular destaque para a área da Serra da cabreira, território ocupado desde a pré-história e as localidades de Salamonde e Ruivães, onde a presença militar de diferentes povos, com destaque para os romanos, atestam o valor estratégico desta área no controle das principais vias de penetração na província. As mamoas, menires, gravuras rupestres , fojos medievais, necrópoles neolíticas, povoações romanas, castros, além de vários utensílios de barro, ferro e outros metais, são exemplos do filão arqueológico da região, bastante subexplorado aliás.


Da época romana, ainda existem vestígios de alguns troços da via XVII do itinerário Antonino que ligava Braga, Chaves a Astorga, e vestígios  de antigos povoados dessa época, é exemplo disso o povoado de S. Cristovão - Ruivães
Pela extrema importância na estratégia militar, a região sofreu os efeitos da penetração dos diversos povos que invadiram a península, desde os Suevos aos Romanos, e bem mais recentemente dos exércitos Napoleónicos. De facto, na Primavera de 1809, o concelho foi duas vezes atravessado pelas tropas do marechal Soult: a primeira em 15 de março, em impetuoso avanço a caminho de Braga. A segunda, a 17 de Maio, em retirada precipitada pela ponte da Misarela, no dia exacto em que as forças anglo-lusas de Wellesley chegavam ao alto de Salamonde, com o objectivo, frustrado, de lhes atalhar o passo.
Este seu pendor para o envolvimento na guerra determinou igualmente que Vieira se envolvesse nas guerras liberais, presenciando Ruivães duros combates entre liberais e absolutistas, e pouco depois, em Abril de 1846, Vieira entusiasma-se com o movimento popular da “ Maria da Fonte” onde teve a sua origem e onde habitava o seu mentor: padre Casimiro José Vieira.
Estas breves notas são bem o testemunho da história de Vieira do Minho, feita mais da sua valia estratégica, que da memória dos homens consubstanciada em monumentos e urbes.






Entre os muitos pontos de interesse existentes no Concelho (uma breve «viagem» pelo site da Câmara www.ca-vminho.pt dar-lhe-á muitas mais sugestões), aqui lhes deixamos três cuja visita é indispensável.


SOUTELO
Capela da Senhora da Lapa


A Capela da Senhora da Lapa foi construída em 1694 a mando de João Gonçalves e sua esposa Margarida da Silva. Esta capela destaca-se pela sua originalidade, uma vez que foi edificada no interior de um penedo. É de salientar ainda a porta da entrada que data de 1898, várias inscrições gravadas no tecto e o quadro encaixilhado com a história do santuário escrita pela Padre José Maria Machado em 1851. Nas imediações do santuário existem um coreto, várias fontes e as instalações que dão apoio aquando da romaria anual.

FOJOS DA CABREIRA
Armadilhas de caça

O conjunto monumental designado por Fojos da Cabreira situa-se na linha de cumeada formada por Cortegacinhas, Alto do Seixo, Pau da Bela e Trovão, implantando-se no início da vertente Sul dessa cumeada. A sua área de implantação abrange as freguesias de Anjos, Ruivães, Rossas, Campos e Vilarchão.
O conjunto é constituído por três construções independentes entre si, possuindo, no entanto, características morfológicas semelhantes. Cada uma é formada por dois paredões que convergem para um poço, configurando uma planta em V. A baliza cronológica proposta para os fojos engloba o espaço temporal compreendido entre os finais do século XVII – Fojo do Ribeiro do Fojo e Fojo da Ribeira das Figueiras Bravas -  e a segunda década do século XX – Fojo Novo.
Foi localizado e identificado recentemente um quarto fojo - o Fojo da Alagôa - na zona da Serradela. Este fojo vinha referido na bibliografia como estando destruído.


Os Fojos da Cabreira são armadilhas de caça defensiva, no caso para a captura do lobo. A batida aos lobos era feita a partir da base da vertente Noroeste do Maciço da Cabreira, em direcção aos fojos. A descida da vertente implicava a entrada no fojo, em direcção ao poço onde, uma vez aprisionados, eram abatidos.

Bibliografia

FONTES, Luís Fernando de Oliveira. Inventário de Sítios e Achados Arqueológicos da Vertente Alta da Serra da Cabreira, Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, Braga 1998.
VIEIRA, José Carlos. Vieira do Minho – Notícia Histórica e Descritiva, Edição fac-símile da edição de 1925, Braga 2000.


CABANAS DA SERRADELA
Abrigos de pastor




A cronologia proposta para estes abrigos insere-se na Época Moderna.

Bibliografia

FONTES, Luís Fernando de Oliveira. Inventário de Sítios e Achados Arqueológicos da Vertente Alta da Serra da Cabreira, Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, Braga, 1998.


Poucos metros a Noroeste das Casas Florestais da Serradela situam-se duas construções, de planta circular e de aparelho construtivo rudimentar. Junto à estrada encontra-se outra cabana, apresentando características construtivas análogas. Tratam-se de abrigos de pastor, de tipologia semelhante aqueles presentes nas serras, um pouco por todo o Noroeste português.

Foram utilizadas pelas populações rurais que enviavam o gado para as serras, muitas vezes em sistema de vezeira. As cabanas protegiam o pastor dos elementos climatéricos que as utilizavam, igualmente, para pernoitar na serra quando assim era necessário.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

FOTOS DA PREPARAÇÃO DOS CARROS

O Defender do Mário, já com a «casa» às costas


e com a «casa» já com «cobertura», não vá chover



O Fernando, o homem que nos trata das mecânicas



Mário Pinto a perguntar se a «casa» não irá ruir...



E o Fernando a garantir que só com um terramoto...



Ora, vamos lá testar a máquina para ver como se comporta



Experimentando um elemento fundamental - as antenas dos rádios


O Discovery também já com a tenda montada


Duas das máquinas à porta da VCI




O Discovery do João já com a "casa" pronta