Sexta-feira, 27 - Finalmente entrámos na Mauritânia e, daqui em diante, alcatrão nem vê-lo. Quem já vimos foi o nosso amigo Franco, de camisa às flores, mais parecia estar numa qualquer ilha do Pacífico, que aqui chegou a «voar» e teve de aguentar dois dias à nossa espera em vez das duas horas estimadas. Menos mal que encontrou apoio num galego que veio até Nouadhibou mas por razões profissionais. E como num «buraco» deste tipo pouco ou nada há para fazer, lá se apoiaram um ao outro...
A dificuldade do dia foi, para além de termos de ultrapassar os mais de 700 km que nos separavam do Cabo Bojador, cumprir todas as formalidades na fronteira da República Islâmica da Mauritânia (RIM).
Os vários «controladores» - Gendarmerie, Polícia, Alfândega, Turismo, Seguros.... - até são simpáticos e não complicam a vida ao viajante, mas a burocracia fez com que se fossem três horas de posto em posto, de gabinete em gabinete. E já tínhamos obtido os indispensáveis vistos em Portugal. Carimbos, autorizações várias, seguros feitos e lá fomos a caminho desta cidade piscatória onde o Jorge Franco nos aguardava para um jantarinho à maneira, num restaurante gerido por uma galega simpática, que nos proporcionou uma parrillada de peixe e marisco muito aceitável.
Comidos (e bebidos), todo o mundo foi descansar, já que nos esperam muitos quilómetros de pista, com areia quanto baste, e certamente algumas peripécias bem mais interessantes no que se refere à condução.
Afinal, foi para isso que aqui viemos...
Não estranhem, entretanto, se nos próximos dias forem ao blog ou ao face e nada de novo encontrarem - entrámos no deserto. Assim que regressarmos à «civilização», voltaremos para contar como foi.
(Texto: Eládio Paramés)
Hummm ..isto de entrar na Mauritânia deve ser mesmo a parte mais complicada da viagem :-)
ResponderEliminarParabens e boa sorte agora na parte mais interessante da viagem