E O NOSSO BRILHANTE «ENGENHEIRO» JÓ-JÓ
Quando regressávamos de Tombouctou, onde tínhamos chegado na Terça-feira, aconteceu a primeira rotura no carro do Mário. O apoio do amortecedor do lado direito voltou a partir e este rompeu o tubo do gasóleo. Jipe imobilizado, o Jorge Franco debaixo dele, chave para cá, alicate, luz...nada a fazer. Vá de rebocá-lo até um «camping», o Tenere,que tinhamos visto na ida.
Montámos acampamento e perguntámos, pelo sim pelo não, se no meio daquele nada não haveria um mecânico. Havia, sim senhor, mas não era muito especializado – foi a resposta. Chamado o homem, o Jorge lá explicou o problema e o homem disse logo – eu resolvo!
Ficámos surpreendidos, mas a verdade é que o rapaz tinha imaginação, conseguiu mesmo abrir rosca numa peça, arranjar tubo (de gás!) e pôr o jipe a funcionar. Para quem não era especializado, fizera um trabalho óptimo.
É claro que a qualidade do tubo deixava muito a desejar e, até hoje (sexta-feira) já por mais duas vezes lá teve o «engenheiro» Jorge de suar as estopinhas e conseguir sempre solucionar o problema. A última foi mesmo à entrada de Bamako... e quando já todos pensavamos no que seria entrar na cidade com o jipe a ser rebocado pelo meio dos milhares de motociclos que circulam segundo a lei do mais forte.
Mas o Jorge foi grande e, mais uma vez, pôs a máquina a andar. Também mais uma vez, perante a calma olímpica do Mário Pinto. É certo que o Jorge tinha tubo a sério, mas não fossem os dedinhos dele e tinha sido o bom e o bonito.
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