Quinta-feira, 9 de Junho – Acordámos cedo, muito cedo, porque a etapa prevista era dura e demorada. E acordámos de novo rodeados pelas muitas crianças que, na noite anterior, olhavam espantadas como aquelas caixotas que estavam em cima dos jipes se transformavam em pequenas casinhas e só se afastaram depois de ouvirem a promessa que, amanhã de manhã há «cadeaux», hoje não!
Entraramos já no País Dogon, tinhamos tido uma pequena imagem, mas o melhor estava ainda para vir! E podemos garantir que foi uma manhã de sonho, esta de Quinta-feira. As características aldeias Dogon, a pista que corre ao lado da falésia de Bandiagara, a travessia da garganta desta cordilheira, o encontro com o natural de Barcelona que vive numa destas espantosas aldeias, a imensidão da planície (onde outrora, dizem, existia uma densa floresta, leões e elefantes, o que obrigou as populações a escavar as suas habitações nas escarpas da montanha) – tudo foi surpreendentemente belo, grandioso, impressionante de força, constrastante pela pobreza em que se vive e pelo muito que se trabalha para se poder retirar rendimento da terra...
Foi uma manhã verdadeiramente alucinante, daquelas que nunca conseguiremos retratar por palavras e que nem mesmo as imagens são capazes de transmitir toda a beleza e espectacularidade de uma região fabulosa. Foi uma manhã riquíssima de sensações.
Dourou, Nombori,Ireli, Banani – são nomes (de aldeias) que não mais será possível esquecer. Como diz o Mário - ainda bem que nos trouxeram aqui!
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